sábado, 17 de agosto de 2013

CRIANÇA MERECE CASTIGO?


 "É muito importante que todos os dias os pais ocupem as crianças com atividades prazerosas e construtivas...
Brincar e estar junto a natureza é  fundamental."

CRIANÇA MERECE CASTIGO?



  •      Logo pela manhã, ao entrar no quarto de seu filho, a mãe viu os Grandes Círculos Azuis desenhados na parede recém-pintada. Aninha com cinco anos, considerava a parede como a tela ideal para suas "pinturas".   


  •      Flávio, de quatro anos, pretendia por sua vez Cortar a Cauda do gatinho de estimação, "só para ver o que havia dentro".   Simples "curiosidade científica". 


  •      A bola foi o melhor presente no oitavo aniversário de Paulo. Uma bola grande, branca, bonita, pronta para receber chutes e desenvolver o talento futebolístico do garoto. Mas o gol escolhido estava assustadoramente próximo da Janela da Cozinha... 


  •      Maria, sete anos, fazia maravilhosas colagens com figuras recortadas de revistas e jornais. Até que um dia descobriu, na Estante do Papai, que os livros tinham figuras muito mais interessantes.


Estas e outras situações semelhantes deixam os pais desesperados, sem saber o que fazer.   Mesmo advertidas, as crianças muitas vezes insistem nas travessuras. Criam assim os chamados problemas de disciplina, para os quais baterem e castigar continuam sendo as soluções mais populares, mesmo para os pais que condenam teoricamente tais métodos.

            Na verdade, punir drasticamente o filho é uma tentação muito grande, pois resolve o problema imediato: consegue fazer com que a criança obedeça.   No entanto, ao bater, o pai descarrega sua agressividade, aliviando a própria tensão. Contudo, as consequências do Castigo não terminam com o alívio dos pais e a obediência da Criança.  Ela está em contínuo processo de aprendizagem e ao ser punida extrai uma lição de atitude dos pais furiosas: "Quando está com raiva, a gente bate".

            Por outro lado, um dos piores efeitos da punição, especialmente as de caráter físico, é que ela pode interferir no desenvolvimento social.   Castigos frequentes tiram da criança a nascente responsabilidade de julgar os próprios atos.   Em vez de corrigir, a surra passa a compensar a má ação.
O PENSAMENTO "NÃO ESCREVO NA PAREDE, PORQUE APANHO" é substituído por: "POSSO ESCREVER NA PAREDE, PORQUE APANHO". 

  •  Nesse caso, o hábito do Castigo libertou a criança para o "mau comportamento".

            Algumas crianças parecem, às vezes, estar "pedindo para apanhar".   Sentem culpa e raiva e precisam de ajuda para manejar tais sentimentos com os quais ainda não aprenderam a lidar.   Se a criança desobedece intencionalmente, pode-se imaginar que ela quer ser punida; mas, às vezes:

  1.  uma conversa franca e aberta resolve, quando consegue que a criança expresse seus sentimentos de culpa.
  2. ao mesmo tempo, se os pais sabem colocar e reforçar claramente as regras que limitam a ação infantil, a necessidade de punição (sob qualquer forma) diminui consideravelmente.  
  3. Contanto que tais regras sejam curtas, concisas, compreensíveis, razoáveis e em pequeno número.   
  4. Levando em conta as necessidades, a formação e o ponto de vista da criança, é possível definir o que deve ser permitido e o que precisa ser proibido.

            "Uma criança é sempre uma criança".   Isto significa que as roupas foram feitas para sujar, correr é o melhor meio de locomoção, o mundo é mais bonito visto de cima de árvores e muros, latas são bolas que não pulam, mas servem para ser chutadas.


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            CASTIGO?

Entendendo o comportamento característico da criança. Os pais podem ser permissivos, isto é, aceitá-las como pessoas que tem direito a todas as espécies de sentimentos, desejos e fantasias, que devem manifestar por meio de comportamentos adequados. Mas a super permissividade, que aceita todos e quaisquer atos das crianças, mesmo os indesejáveis, é prejudicial.   Imitando seu herói da tevê, Julinho desejava quebrar os MÓVEIS da casa e, de sobra, esmurrar os amiguinhos, Bem, não se pode comprar Mobília nova a cada vez que Julinho assiste à TV, mas seus impulsos precisam ser respeitados.

 A solução é encaminha-lo para uma tarefa em que possa descarregar sua agressividade e sua energia: Fazer um Piquenique, correr no quintal ou num parque, chutar a bola.

            A permissividade cria confiança e aumenta a capacidade de expressar sentimentos e ideias.   A superpermissividade, porém, gera ansiedade e estimula maiores exigências e solicitações que não poderão ser atendidas.

            Limite Tem Seus Limites.

Limitar os atos não significa limitar os desejos, que devem ser entendidos e respeitados pelos pais, No caso de Flávio, que queria cortar o rabinho do gato a mãe limita a ação, mas aceita a curiosidade, dizendo: "Vamos ver se a gente acha alguma figura que mostre como ele é por dentro".
            Da mesma forma com Aninha, que desenhava nas paredes: "Aninha, as paredes não são para desenhar, pegue estas folhas de papel e faça um lindo desenho".   Em ambos os casos, os desejos das crianças foram identificados e respeitados; os limites só foram impostos aos atos, ou seja, à maneira pela qual as crianças queriam satisfazer seus desejos.
            No entanto, não se pode esquecer que a extrema mobilidade e agitação da criança não correspondem a desejos manhosos, mas a necessidades estreitamente ligadas ao processo de desenvolvimento.   Portanto, a limitação aos atos não se aplica nunca à atividade física das crianças: "Não corra", "Será que você não pode andar normalmente como todo mundo?", "Não fique pulando", "Por que você fica num pé só quando você sabe que tem dois pés?" A inibição física das crianças pequenas gera tensões emocionais que são expressas sob forma de hiperatividade e agressão.   É natural que o bom estado dos Móveis mereça sobrepor às exigências da boa saúde mental e física das crianças.   O ideal é que elas possam ter um lugar apropriado para suas correrias.
            “Os limites são colocados com firmeza, mas de forma que a CRIANÇA PERCEBA QUAL É O COMPORTAMENTO INACEITÁVEL E O PORQUÊ”.   Ao mesmo tempo, é apresentada uma solução: o que pode ser feito em substituição.   No caso de Paulo: "A janela não pode ser quebrada. Mude o gol de lugar para que você possa chutar em outra direção”.
            É preferível que um limite seja total e claro do que parcial e confuso.   Por exemplo, existe uma nítida diferença entre "jogar água na irmã" e "não jogar água na irmã".   Mas se a permissão for para "jogar só um pouquinho de água", a criança ficará sem critério para tomar decisões e será tentada a experimentar até onde vai esse "pouquinho". No entanto, o limite é colocado de maneira a não provocar muito ressentimento e a resguardar a autoestima da criança.   Deve transmitir autoridade e não insulto. Se Aninha a pintora das paredes, recebesse uma repreensão, como por exemplo: "O que é que você está fazendo, sua porquinha? Você não sabe que eu detesto paredes sujas?” Não sei mais o que sentiria humilhada, com raiva da mãe e talvez acabasse pensando: "Sou uma porquinha e mamãe não gosta muito de mim por causa disso...”.
            As regras são mais facilmente aceitas quando colocadas sucinta e impessoalmente: "Está na hora de ir para a cama" é mais prontamente atendido do que: "Você é muito criança para ficar acordado até tarde. Vá para a cama".   Melhor ainda se a ordem deixar claros os motivos da proibição imposta: "Os brinquedos foram feitos para brincar. Ficam inúteis se forem quebrados", em vez de: "Não quebre os brinquedos, eles custam caro".


            Os Infratores da Lei


            Há três tipos possíveis de transgressão dos limites: 

  1. Acidental (Paulo aceitou as sugestões da mãe e mudou o lugar do futebol; mesmo assim, num lance muito infeliz, a bola quebrou a janela); 
  2. Acidental com Desobediência (Paulo manteve o jogo próximo à janela, que acabou quebrada); e proposital (Paulo chutou a bola contra a janela). 
  3. A Criança que "pede para apanhar" mas, nos outros dois, a transgressão gera ansiedade aumentada por medo à represália ou castigo.
            Se for acidente, o melhor é convencer isso a criança, planejando com ela providências para que o fato não se repita.   Se houve desobediência, é inútil aumentar ainda mais a ansiedade com longas e irritadas explicações sobre os limites transgredidos.   Mais razoável é reforçar de modo firme a regra violada.   Num caso como o de Silvinha, que grita "Não vou" quando a mãe chama para o banho, é prejudicial aceitar o desafio para uma "batalha de vontades", respondendo algo como: "Você vai, sim, porque eu quero" ao que Sílvia talvez respondesse: “Você quer, mais eu não quero", e daí por diante.   A reação mais acertada seria: "Eu sei que você gostaria de ficar brincando, mas é nora do banho e nós temos que ir".   Se assim mesmo Silvia resiste e continua a brincar, a mãe deve tomá-la pela mão e levá-la para casa, com bondade e firmeza.   Com crianças pequenas a ação, às vezes, fala mais alto do que as palavras.Certas vezes, contudo, o rompimento frequente de limites ou a transgressão de regras essenciais tornam necessária a punição.  
Mas o castigo deve ser proporcional ao ato cometido, e não aos prejuízos causados, ou ao grau de irritação dos pais.

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